A Greenpeace revelou falhas chocantes na gestão das pescas globais nos últimos 70 anos, de acordo com um novo relatório.
Essa análise crítica expõe as deficiências na regulamentação e supervisão da indústria pesqueira em todo o mundo, colocando em risco os estoques de peixes e os ecossistemas marinhos.
Principais Destaques
- As políticas de gestão de pescas globais falharam em proteger os oceanos de práticas insustentáveis.
- A sobre-pesca e a captura ilegal, não declarada e não regulamentada ameaçam a biodiversidade marinha.
- São necessárias medidas urgentes para estabelecer práticas de pesca mais responsáveis e sustentáveis.
Falhas Graves na Gestão das Pescas
Nos últimos 70 anos, as nações falharam coletivamente em implementar políticas eficazes para proteger os oceanos e garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros.
Segundo o relatório da Greenpeace, a sobrepesca crônica, a pesca ilegal e as capturas acessórias colocaram em risco populações inteiras de peixes, mamíferos marinhos e outras espécies marinhas.
Sobre-exploração dos Recursos Marinhos
Um dos principais problemas identificados pelo relatório é a sobre-exploração dos recursos marinhos.
Muitas espécies de peixes foram pescadas além dos limites sustentáveis, resultando em declínios populacionais significativos.
Essa prática insustentável é impulsionada pela demanda crescente por frutos-do-mar e pela busca incessante por lucros a curto prazo por parte de algumas empresas pesqueiras.
Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada
Outro desafio crítico é a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUIÚ, na sigla em inglês).
Essas atividades prejudicam os esforços de conservação e gerenciamento dos estoques pesqueiros, além de colocar em risco a segurança alimentar e os meios de subsistência das comunidades costeiras.
A falta de fiscalização adequada e as sanções insuficientes contribuem para a persistência desse problema.
Impactos Ambientais da Pesca Industrial
Além disso, o relatório destaca os danos ambientais causados pela pesca industrial em larga escala.
As práticas destrutivas, como a pesca de arrasto, danificam os habitats marinhos e capturam involuntariamente espécies não-alvo, incluindo mamíferos marinhos, aves e tartarugas.
Apelo por Ação Imediata
Diante dessas falhas graves, a Greenpeace apela por uma ação imediata e consertada para reformar as políticas de gestão das pescas globais.
É imperativo estabelecer limites de captura baseados em evidências científicas, acabar com a pesca ilegal e implementar medidas de monitoramento e fiscalização mais rigorosas.
Estabelecer Áreas Marinhas Protegidas
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Uma das soluções propostas é o estabelecimento de áreas marinhas protegidas, onde a pesca seria proibida ou severamente restrita.
Essas áreas atuariam como refúgios para a vida marinha, permitindo a recuperação das populações de peixes e a preservação da biodiversidade.
Adotar Práticas de Pesca Sustentáveis
Além disso, é crucial adotar práticas de pesca mais sustentáveis, como a utilização de artes de pesca seletivas que minimizem as capturas acessórias e a redução do desperdício e do descarte de peixes.
A transição para uma pesca mais responsável requer esforços conjuntos dos governos, indústrias e consumidores.
Fortalecer a Governança Global das Pescas
O relatório também enfatiza a necessidade de fortalecer a governança global das pescas, por meio de maior cooperação internacional e do cumprimento dos tratados e acordos existentes.
As organizações regionais de gestão das pescas devem desempenhar um papel mais proativo na promoção da sustentabilidade e no combate às práticas ilegais.
Conclusão
O relatório da Greenpeace é um alerta urgente sobre as consequências devastadoras da má gestão das pescas globais.
É fundamental que os governos, a indústria pesqueira e a sociedade civil unam esforços para promover a sustentabilidade dos oceanos e garantir a segurança alimentar das gerações presentes e futuras.
Somente mediante ações concretas e reformas abrangentes, poderemos reverter o declínio dos estoques pesqueiros e proteger a rica biodiversidade marinha.